domingo, 21 de novembro de 2010

Renda extra II - Lançando um CD

A produção de um CD musical não difere muito do lançamento de um livro; o mecanismo básico é o mesmo, porém sua elaboração é mais complexa. Primeiramente, escrever é mais simples do que expressar-se musicalmente, ao menos na sociedade em que vivemos, já que somos obrigados a aprender a escrever em tenra idade, mas não a tocar um instrumento. O material de que necessitamos para escrever é muito mais simples e barato do que o que precisamos para fazer música; ainda pesa o fato que raros são os que não precisam de companheiros (uma banda) para tocar ou cantar uma canção, mas podemos escrever na intimidade do nosso quarto, sem depender de ninguém.
Há gastos para produzir um CD independente. Horas em estúdio são caras, e depois há os custos com a gravadora, marketing, etc. Este último é extremamente importante, pois um cantor precisa de apenas uma música que atinja o público em cheio (um "hit"); e geralmente isso ocorre via televisão, ou no mínimo a música deve ser tocada em rádios.
A partir daí, com um nome formado, as gravadoras podem se interessar em bancar os próximos CDs, em um processo semelhante ao que ocorre com os livros. Enquanto a renda passiva vêm dos direitos autorais por tocar em televisão e cinema, além da venda dos CDs pela gravadora, ainda há os shows (mas aí implica em renda por trabalho ativo).
Um último e óbvio porém: para se ter renda dessa fonte, há de se ter talento musical, pois qualquer um que tenha dinheiro pode investir na produção de um CD, mas apenas se tiver talento e um bom marketing conseguirá obter lucro.
No próximo post veremos um pouco sobre o mercado de outras formas de arte.

domingo, 10 de outubro de 2010

Renda extra I - Publicando um livro

A forma ideal de obtenção de ganhos, segundo Kiyosaki, é aquela que junte o maior lucro e menor dispêndio de tempo, energia e recursos. Os direitos autorais de um livro são uma ótima forma de renda; logicamente, para isso, é preciso que a obra chame a atenção, gerando lucro.
Há 2 formas principais de publicar livros: tendo todos os custos pagos (só vale para escritores já populares) ou arcando com os custos. As ditas "editoras", em sua maioria, não são mais do que gráficas, que estão interessadas no dinheiro que você pagará pela 1ª edição dos seus livros, e via de regra não fazem muitos esforços na promoção do seu livro. Logo, infelizmente, é você quem tem de providenciar isso.
As tiragens giram entre 100 e 1000 unidades, com os custos relativos sendo bem menores para as tiragens maiores.
Os compradores das primeiras unidades são, logica e infelizmente, seus parentes e amigos. Quanto maior a exposição de sua obra, maiores as chances de sucesso; porém não é uma tarefa fácil, principalmente se você trabalha sozinho. Quanto mais ajuda você tiver, melhor.
Os lucros vêm da venda direta (a editora lhe entrega os livros e você os vende diretamente na internet ou para seu círculo social), venda indireta (através da editora ou de livrarias, onde você os deixa em consignação) e direitos autorais (no caso de edições pagas, em que você leva uma porcentagem acordada em contrato).
Basicamente assim funciona o mercado literário. No próximo post trataremos um pouco sobre o mercado da música. Até lá!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Consultorias

Ganhar dinheiro com conhecimento, e quando muito gastando apenas folhas de papel e tinta de impressora. Muitas fas profissões que conhecemos como tal podem servir como uma fonte de renda complementar, por mais que nos iludamos com o fato desses profissionais alugarem escritórios caros no centro da cidade.

Os advogados são o exemplo mais claro disso. Não é necessário ter um escritório para ser um advogado; o mais importante é o networking; é fazer com que as pessoas o conheçam, e principalmente as mais próximas. E mesmo é um trabalho que pode ser executado nas horas de folga, pois depende de leitura, raciocínio, conhecimento, sem horários fixos. Inclusive, nos países de língua inglesa os advogados são conhecidos como "consulers", e em italiano como "consegleri"!

Da mesma forma, muitas outras áreas oferecem chances para consultores. Engenharia civil, arquitetura e áreas ambientais são ricas em oportunidades desse tipo, mas essas oportunidades são mantidas "nebulosas" por profissionais da área, devido à concorrência. Duas coisas aqui são importantes: saber porque alguém daria dinheiro a um profissional como você e conhecer o máximo de pessoas que potencialmente lhe trariam dinheiro.

Como dito, essas podem ser atividades secundárias que trazem renda extra, mas demandam trabalho constante. Há outras formas de obter renda complementar, trazidas por Kiyosaki como "renda passiva", e é delas que começaremos a tratar no próximo post.

sábado, 17 de julho de 2010

Interações com o estrangeiro

Se alguém pensa em obter alguma atividade para gerar seus ganhos principais, a primeira coisa que vem em mente é um concurso público ou um emprego em algum escritório particular ou indústria.

Porém, há caminhos que nem sempre são óbvios para a maioria das pessoas. As modalidades citadas aqui são muito mais para abrir a mente do leitor do que propriamente para levantar informações relevantes. Todavia, uma dica dessas pode fazer muita diferença para quem não encontrou ainda o seu "lugar no mundo" por nunca ter pensado de forma diferente. Por exemplo, estendendo-se as fronteiras territoriais.

* Trabalhar no exterior: nos anos 80, todo mês tinha uma reportagem sobre isso em algum setor da mídia. Os destinos principais eram Estados Unidos, Europa e Japão. Muitas vezes o indivíduo não tinha nem um mínimo conhecimento do idioma do País destino. Com certeza é uma vida de aventura, em que se desempenhará funções simples mas relativamente bem pagas, o que possibilita a pessoas sem tanta instrução passarem 2 ou 3 anos fora e acumularem uma poupança que lhes possibilita abrir um negócio próprio ou comprar algum bem.

* Trabalhos em navios de cruzeiro: esse ramo de turismo vem se expandindo ultimamente. Pode-se passar semanas ou meses trabalhando em funções simples em cruzeiros de luxo (garçom, bar man, recreacionistas, etc) por pagamento em dólares e havendo a possibilidade de receber gorjetas. Obviamente, quanto mais experiência se ganha, mais requisitado se é para participar. Deve-se fazer uma busca por empresas desse tipo e se informar de como fazer parte dos processos de seleção, que são periódicos.

* Desenvolver serviços para turistas: caso se viva em alguma cidade turística, pode-se oferecer serviços como passeios ou venda de algum gênero alimentício local para turistas. O conhecimento de idiomas estrangeiros aqui é importante, até para fazer o turista se sentir confortável, e estes querem coisas típicas do local, e não elementos que eles teriam no seu local de origem.

Como visto, essas atividades podem tornar-se atividades de ganho principal temporaria ou permanentemente; juntando-se com alguma atividade secundária de ganhos, podemos ter uma boa massa de recursos rumo à independência financeira. Sendo assim, no próximo post veremos algumas formas de renda complementar além das que já foram aqui postadas. Até lá!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Obtendo um emprego celetista

O título pode sugerir facilidade, mas não é o caso. A concorrência é cada vez maior por toda e qualquer vaga, portanto torna-se cada vez mais necessário atentar a alguns pontos.

Networking: a chave para conseguir um emprego hoje é QI ("quem indica"). Não importa o quão bem qualificado você seja, a única forma de entrar no mercado por uma concorrência "leal" (igualdade de condições) é o concurso público. Portanto, é útil travar conhecimento com pessoas de todos os níveis, principalmente possíveis contratantes.

Formação técnica: é desnecessário dizer que cada vez mais deve-se buscar qualificação profissional. Os cursos técnicos e até mesmo universitários estão cada vez mais específicos, o que gera polêmica. Alguns conselhos profissionais, em conluio com universidades, "inventam" cursos ultraespecíficos para que uma classe de profissionais se degladiem por algumas poucas vagas, ameaçando profissionais de espectro mais amplo de atuação (os quais têm visão mais geral, tendo portanto maiores chances de tornarem-se líderes).

Processos de seleção: a iniciativa privada aproveita-se do mantra "não quer? tá cheio de gente que quer..." para fazer as seleções mais malucas de emprego: entrevistas e testes psicológicos estapafúrdios (uma única dica: seja sempre sincero), dinâmicas de grupo, testes escritos, etc. Logicamente, com deslocamentos e despesas às expensas do candidato.
Aqui a melhor dica é a experiência: envolver-se no máximo possível de seleções, conversar com pessoas que passaram por elas para saber o que fazer (e o que não fazer). Boa aparência pessoal ajuda, mas é o mínimo que se pode esperar. Gírias, expressões de desagrado ou posições extremadas sempre são escolhas ruins.

Por último, cabe lembrar da falta de estabilidade: o vínculo precário pode sujeitar o trabalhador a inúmeros problemas, como tentativas de exploração e a falta de lealdade de empresas, muitas vezes grandes e sólidas, que demitem para cortar gastos em virtude de resultados negativos ou para favorecer protegidos da direção. Por outro lado, há muitas chances de progredir na carreira, oportunidades nem sempre presentes no serviço público. Também não há teto para ganhos, como o existe na esfera pública.

Com o mesmo vínculo precário porém com nuances diferentes ficam os serviços temporários (nesse grupo incluídas as temporadas de trabalho no exterior - brasileiros que saem do País para trabalhar em outros países para juntar dinheiro com vistos temporários). Esse será o assunto do próximo post sobre ganhos principais.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Legislação trabalhista

Saber das leis que tratam dos assuntos que lhe interessam é um dever de todo profissional e de todo cidadão. E no caso da legislação trabalhista, é mais do que isso: esse conhecimento é a garantia de abrir muitas oportunidades de ganhos na sua carreira.

Há dois grandes grupos de funcionários: os estatutários (que passaram em concurso público) e os Celetistas (regidos pela CLT). Os estatutários tem mais estabilidade, mas por isso, em contrapartida, não tem FGTS. E o dinheiro do FGTS tem rentabilidade ínfima, ou seja, a primeira dica é: sacar o FGTS sempre que possível e utilizar no que for (poupar, comprar ações, reformar a casa, há várias modalidades de permissão de saque de FGTS).

Sendo estatutário, o funcionário está vinculado ao RJU (regime jurídico único) do órgão em que trabalha. E esses variam quanto à licenças, avanços e adicionais, pontos que são especialmente úteis para o escopo desse blog. Tomemos como exemplo a doação de sangue; pela CLT o funcionário tem direito a 1 dia por ano para doação de sangue, ou seja: se você necessita resolver assuntos em horário comercial (já que a jornada de trabalho, infelizmente, costuma coincidir com o funcionamento de todos os serviços), pode-se obter essa folga doando sangue, o que ninguém acaba fazendo, por desconhecimento ou medo de represálias. E certos RJUs permitem até 4 dias de doação por ano! Há RJUs que concedem porcentagens sobre o salário para títulos de graduação e pós-graduação. O trabalho como mesário em eleições dá direito a 2 dias de folga (se forem 2 turnos, são 4 dias; ou seja, praticamente 1 semana de "férias" para curtir uma viagenzinha...). E atividades de sindicato também eximem do trabalho. Há locais que dão certo número de dias por ano para o funcionário frequentar cursos ou eventos da sua área.

Agora que sabemos a importância de conhecer as leis trabalhistas (que abarcam todos os trabalhadores), trataremos brevemente sobre alguns pontos importantes para obter um emprego celetista (pois os empregos públicos são acessáveis via concursos, os quais foram abordados na série anterior de posts). Até lá!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Concursos públicos - parte 5

Os editais são os documentos que regulamentam os concursos públicos. Enquanto infelizmente não há uma legislação séria que trate dos concursos, os editais são os sagrados e todo-poderosos provedores de desculpas esfarrapadas de órgãos públicos que promovem concursos e se enrolam em chamar ou fazem outros tipos de falcatruas e politicagens. De qualquer forma, é com essa realidade que temos de lidar.

Muitas pessoas literalmente jogam dinheiro fora, inscrevendo-se em concursos na empolgação e nem lendo o edital. Às vezes ele traz elementos impeditivos, em outras um conteúdo programático não esperado pelo concursando (que geralmente é apenas copiado e colado).

Os concursos geralmente tem prazo de validade de 2 anos prorrogáveis por mais 2 anos, e os editais insistem em trazer que o candidato tem mera expectativa e nenhum direito. Isso já caiu com inúmeras jurisprudências; quem ficar classificado nas vagas e não for chamado ganha na justiça sem dúvidas, isso sem falar do que for preterido na listagem de classificação.

Os editais trazem informações vitais para os concursandos, em seu corpo ou anexos, como: locais e horários de prova, bibliografia, títulos e exigências para nomeação. A internet facilitou em muito a vida do concursando, não precisando-se comprar jornais do concurso a todo momento nas bancas. Aqui outra questão importante: deve-se acessar com frequência o site do concurso em que você se inscreveu, pois não raro há alteração no horário, dia ou local de provas, às vezes até mesmo de última hora.

Por hora, sobre concursos públicos, era isso. Continuando na esteira de obter uma fonte principal de renda (para então buscar rendas alternativas com o fim de conseguir massa de investimento), trataremos um pouco sobre legislação trabalhista, tópico importante para usufruirmos ao máximo nossos direitos como trabalhadores e converter esses direitos em dinheiro. Até lá!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Concursos públicos - parte 4

Como comentado no post anterior, falemos um pouco sobre as matérias que mais caem nos concursos.

Português: imprescindível! Cai em todos, de todas as complexidades. A dica é manter-se estudando sempre, sem pegar muito pesado. Ler bastante e treinar a escrita é bom, pois o olho treinado acha um erro logo que o visualiza. Deve-se aprender as regras básicas (hifenização, acentuação, ortografia) e artifícios que levem a acertar questões (substituição de elementos, por exemplo). E não raro o português é o primeiro critério de desempate.

Informática: quanto mais se usa o micro, e mais coisas diferentes se faz, mais chances se tem. Foco: internet (o outlook é muito usado para envio de mails por empresas e órgãos!), windows, word, excel e BrOffice.

Legislação: raríssimas são as provas que não pedem legislação. O que conta muito aqui é a experiência: concursandos iniciantes se assustam com a ideia de estudar leis. Quanto mais se usa ou estuda uma lei, mais ela vai fixando. E alguns padrões vão sendo adquiridos, como por exemplo desconfiar das generalizações ("sempre", "nunca"). Cada área de conhecimento tem sua legislação própria, e é obrigação do profissional conhecê-la.

Matemática e raciocínio lógico: apesar do pequeno peso, costuma ser um diferencial nos concursos em que está presente. Exige um tipo de raciocínio muito diferente das outras matérias, além de ser um grande motivo de traumas na fase escolar. Aqui, além do estudo em casa na forma de exercícios, cabe a experiência: quando a questão exigir cálculos extensos, pegue um atalho e teste alternativa por alternativa na solução. Humildade aqui também conta: se trancou em uma questão, apague tudo e passe para outra questão sem culpa. Depois, com a cabeça fresca, volte a ela.

Contabilidade e direitos: estudo, estudo, estudo. Aqui, aulas são muito mais eficientes do que estudo em livros, pois os professores sabem filtrar o que interessa para que concursandos leigos se dêem bem nas provas. Ou seja, cursos preparatórios, áudio e vídeo-aulas são uma boa.

Inglês: um bom curso de inglês é importante em qualquer carreira. A ênfase é a interpretação de textos, e expressões e "two-part verbs" são muito exigidos, por isso só o curso não basta, é preciso um pouco de prática.

Conhecimentos específicos: como o nome indica, dependem da área de cada um. O que sugiro aqui é que viva a sua área de formação. Direcione seus hobbies, leituras e conversas para isso, tanto quanto possível.

Agora que vimos como nos preparar para as provas, discutiremos no próximo post um elemento importantíssimo no mundo dos concursos: os editais. Até lá!

terça-feira, 23 de março de 2010

Concursos públicos - parte 3

Na medida em que vamos fazendo concursos, verificamos que muitas matérias se repetem. E os padrões em que elas são pedidas também se repetem, o que leva a inferir que a experiência no sentido de como fazer as provas é, às vezes, mais importante até do que o conhecimento técnico na área. Podemos dividir essas matérias em alguns grupos:

* Concursos de todos os níveis: português, informática, legislação.
* Concursos de área básica: matemática, raciocínio lógico.
* Concursos de nível superior inespecífico: contabilidade, direito (principalmente administrativo, constitucional, tributário), inglês.
* Concursos de nível superior específico: conhecimentos específicos.

A dica aqui, portanto, é: se você pretende fazer concursos, seja qual for a sua formação, mantenha-se sempre estudando português (e exercitando a escrita), use computadores o máximo que puder (explore suas funções, faça coisas diferentes do usual, etc.) e esteja sempre por dentro da legislação da sua área; aprenda a ler leis, não tenha medo dos termos jurídicos (os padrões sempre se repetem, só é difícil no começo). Quem quer passar em concursos NÃO ESPERA O EDITAL para estudar!

No próximo post trataremos mais especificamente de cada uma dessas matérias.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Concursos públicos - parte 2

No post anterior foi comentado sobre as divisões dos concursos. Vamos falar um pouco sobre como obter sucesso neles.

Há algumas diretrizes gerais, inclusive coisas que são quase o contrário do que prega o senso comum. Primeiramente, o que é óbvio: "no pain, no gain"; quem quer se classificar, tem de estudar. Aqui um parêntese: não existe "passei no concurso"... passar e ficar em 273° lugar é o mesmo que nada. O objetivo deve sempre ser a classificação dentro das vagas. Se você ficar um pouco abaixo, tudo bem, não se deve perder a esperança; mas nesse caso, também não deve se prender a ela.

Todavia, ao contrário do que todos pensam, o estudo tem um limite. Pela minha experiência, no que sua média de acertos gira constantemente entre 80 a 85%, não há mais o que melhorar. Aí é questão da boa e velha sorte (sim, existe sorte!); mas mesmo a sorte tem limites: é dificílimo você subir seus acertos para mais de 95%, ou cair abaixo de 70%. Nesse ponto, o conhecimento está solidificado, a ênfase deve ser na estratégia.

Falemos um pouco sobre cada tipo de concurso:

* Concursos de nível fundamental: geralmente salários baixos e muita concorrência, mesmo de graduados. Deve-se praticamente gabaritar, mas a prova é de nível muito básico.

* Concursos de nível médio: por incrível que pareça, são os mais difíceis. Combinam grande concorrência com grande qualificação e salários muito variáveis (desde muito baixos até bastante altos). Os cargos têm grande rotatividade, pois quem passa nos primeiros lugares geralmente estão bem preparados e já são chamados para cargos melhores. Isso dá esperança para quem passa e não se classifica, desde que esteja em uma colocação relativa a 3 ou 4 vezes o número de vagas. Ex: o 40° colocado em um concurso de 10 vagas pode ter esperança de ser chamado em 4 anos (validade de 2 anos prorrogável por mais 2 anos).

* Concursos de nível técnico: geralmente bons salários, baixa concorrência mas bem qualificada. Geralmente contemplam provas práticas.

* Concursos de nível superior inespecífico: quase sempre são os melhores salários e concorrência mais bem preparada, porém não tão grande como as de nível médio. Ajuda muito aqui ter um diploma de direito, já que essa matéria cai muito. Contabilidade também.

* Concursos de nível superior específico: aqui está uma mina inexplorada. Enquanto os concursos inespecíficos viraram uma indústria como o vestibular, os específicos são constantemente esquecidos. As pessoas ainda acham que o difícil é passar no vestibular...
Aqui os salários podem ficar um pouco abaixo dos concursos de formação inespecífica, mas existe o plus da satisfação profissional por trabalhar na sua área.

No momento ficaremos por aqui. No próximo post será visto como explorar melhor as chances de ter boa colocação nos concursos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Concursos públicos - parte 1

Primeiro foram os vestibulares. Agora, a febre que veio prá ficar são os concursos públicos. Na verdade, sua existência é bastante antiga, mas agora há uma indústria milionária por trás deles, com cursos preparatórios, milhares de sites especializados, mercado literário e até mesmo heróis dos certames. Ou seja, foi-se o tempo do jornalzinho de concursos e das apostilas (ainda que estes ainda desempenhem um importante papel).

Tudo isso tem uma motivação clara: um emprego público é sinônimo de estabilidade, de dinheirinho certinho no bolso no fim do mês, e mais: é preciso quase cometer um genocídio para perder a boquinha e ser demitido.

Os cargos públicos têm aumentado sua exigência com o tempo. É quase impossível encontrar um concurso para nível fundamental incompleto, e cada vez mais cargos exigem nível superior. Quanto às exigências, divido os concursos em alguns grupos, com suas respectivas peculiaridades:

* Nível fundamental incompleto, fundamental completo ou médio: exigem as escolaridades mencionadas. São geralmente serviços de baixa complexidade e a concorrência é muito alta. Abrangem cargos operacionais, motorista (exige-se habilitação), bancários (os mais tradicionais e procurados), oficial de justiça (essa é a pérola dos concursos de nível médio!). Pede-se provas físicas ou práticas para alguns cargos (vigia, motorista, digitador, etc)

* Nível médio técnico: exigem determinado curso técnico. Salários entre nível médio e superior. Às vezes pedem títulos.

* Nível superior inespecífico: pede qualquer diploma de nível superior. Tratam-se de trabalhos burocráticos de complexidade média. Exemplos: técnicos e auditores fiscais, analistas, fiscais, etc.

* Nível superior específico: pede graduação (ou até pós-graduação) na área. Trabalhos de alta complexidade, que só podem ser desempenhados com profissionais com a formação específica. Geralmente pedem títulos.

* Professor: esses concursos foram separados em uma categoria a parte; podem ser de níveis iniciais (magistério), escolares tardios (licenciatura) ou de ensino superior. Quase sempre pedem títulos. Os certames para docência em nível superior muitas vezes pedem procedimentos especiais como defesa de memorial, projeto de pesquisa ou prova didática.

Por hora era isso. No próximo post desenvolverei um pouco mais sobre esse assunto tão relevante para a vida profissional de todos hoje em dia, envolvendo estudos e dicas.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Investimentos - acumulando capital

Os últimos posts trataram de formas diferenciadas de investimento. No entanto, a questão que paira no ar é: como é possível fazer algum investimento se não se tem o capital para isso?

Na minha opinião, a forma ideal de se obter sucesso financeiro partindo do zero(sem ganhar na loteria ou ter uma empresa montada pelo papai endinheirado) é combinar a segurança de um emprego (mesmo de baixo salário) com uma segunda atividade. Sendo assim, os próximos posts serão divididos em 2 grupos: como obter seu emprego e como ter uma segunda renda com atividades laborais envolvendo ambientes físicos (cabe lembrar que já foram dadas dicas em outros posts de como obter $$$ pela internet; pode não ser muito, mas como compositor de massa mensal ou anual para investimentos, dá uma bela ajuda).

Sendo assim, aguarde o próximo post, que trará dicas de como conseguir os empregos mais desejados do momento, ou seja: cargos públicos, via concurso! Até mais!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Renda Variável

Como renda variável, entende-se ações. Tratam-se de investimentos de natureza diferente aos vistos até então, com promessa de ganhos muito mais altos, porém há uma possibilidade que não ocorre em renda variável: a perda de dinheiro.

Pode-se fazer operações com ações propriamente ditas ou por fundos de ações. A segunda opção é mais interessante para iniciantes ou para quem investe valores baixos, pois as operações com ações via corretoras, diretamente, implica gastos consideráveis com corretagem. Os principais bancos disponibilizam várias opções de fundos (ações de energia, ações de telecomunicações, petrobrás, vale do rio doce, principais ações Bovespa, etc)

Há 2 escolas principais na avaliação de investimentos em ações: a fundamentalista e a gráfica. A primeira se centra na análise do desempenho da empresa, e a segunda no movimento cíclico das bolsas em diferentes épocas. Ambas podem revelar tendências de queda ou subida no preço das ações, para que o investidor possa fazer o que é o coração desse tipo de investimento: comprar na baixa e vender na alta.

Comprar ações de uma empresa significa tornar-se sócio da mesma. Logo, é preciso saber do desempenho dessa empresa, e de seu histórico. E tendo em vista que nessa sociedade o investidor é um aplicador de recursos, essa modalidade de investimentos contribui para o crescimento do setor industrial e comercial, trazendo benefícios não só para si ou para a empresa, mas para o País como um todo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Investimento em renda fixa


Conforme mencionado no post anterior, abaixo seguem algumas modalidades de investimento em renda fixa

Poupança

Poupança é o investimento seguro símbolo da população brasileira, devido à aversão aos riscos (na prática não há como perder o dinheiro, a não ser que haja algum seqüestro arbitrário por algum Presidente da República...), e também pela baixa educação financeira da população, que vê essa como única alternativa.
Só pra ter uma idéia: A poupança rende cerca de 0,5% ao mês (início de 2010). Se você tivesse exatamente 100.000 reais aplicados na poupança, teria um rendimento mensal inicial de 500 reais. O conservadorismo dessa aplicação é contrabalançado pela baixa rentabilidade; e há o porém do rendimento ser adicionado mensalmente, ou seja: tem de se observar as datas de retirada, sob o risco de perder os juros. É corrigida pela inflação do mês.

Fundos de Renda fixa

Fundos de renda fixa e CDB já foram opções mais interessantes do que a poupança em tempos de juros mais altos, visto que são corrigidas por esses. Hoje não são mais, inclusive os fundos de RF já rendem menos que a própria poupança dependendo do banco, e a tendencia é piorar nesse sentido.


Títulos de Dívida Pública

No início da década foi lançada ao público a opção de se comprar títulos do governo diretamente, coisa que antes não era permitida. O Tesouro Direto é, na minha humilde opinião, a melhor aplicação de renda fixa que existe, pela sua conjunção de extrema segurança e taxas razoáveis (boas para uma aplicação de renda fixa). No seu surgimento, as opções eram mais rentáveis, em especial as de maior prazo (sacáveis na totalidade após 10 ou 15 anos; hoje, com o aumento da procura, diminuiu a rentabilidade relativa, sendo porém, ainda, uma ótima opção de investimento.

Para se aplicar em tesouro direto, escolhe-se um banco ou corretora apto a lidar com esse tipo de aplicação. Verifique no site do Tesouro Direto (tem até um simulador lá). Temos títulos pré-fixados (taxas decididas antes da aplicação) e pós-fixados (taxas fixadas no tempo da aplicação). Nos pré-fixados da modalidade LTN por exemplo, você compra um título a, digamos, R$900, e sabe que ele, em um ano por exemplo, vai valer R$1000 (há também o NTN-F, com formas de cálculo diferentes). Nos pós-fixados, você compa um título a um valor e ele vai valorizando segundo as taxas que incidem no título, que variam conforme a modalidade (os NTN-B são atrelados à taxa IPCA, os LFT são atrelados à taxa Selic).

Ao investir, atenção a uma coisa: existem taxas de custódia do banco ou corretora (compare) e não se esqueça do Imposto de renda, que incide sobre o rendimento (22,5 a 15%, dependendo do tempo de aplicação). Há também a taxa de custódia da CLBC (quem "toma conta" de fato desse dinheiro) que é de 0,4% ao ano. Há cada vez mais instituições oferecendo intermediação para a operação (afinal, o Tesouro Direto não é “tão direto assim”...)

O investimento em tesouro Direto é bem acessível, dado que se pode adquirir frações (em incrementos de 20%) de cotas inteiras (que geralmente estão em torno de R$800 para pré-fixadas e R$1600 para pós), o que resulta num mínimo de cerca de R$160 para começar.


Debêntures

Debêntures são títulos de dívidas de empresas, que funcionam de forma semelhante ao Tesouro Direto, mas com muito menos segurança (especialmente em títulos de empresas não tão grandes) e às vezes com rendimento um pouco maior.

Muito pouco é divulgado sobre as debêntures e existem muitas delas, de muitos tipos e empresas. Para se informar a respeito de cada uma vá ao site da Bovespa, clique em Mercado > Renda fixa > Debêntures.

Geralmente o valor de um título desses gira em torno de R$10.000 (alguns poucos saem muito dessa faixa). Não é qualquer corretora ou banco que lida com eles (e, não se esqueça, cobra sua taxa). Com esses valores, torna-se impeditivo o investimento por parte de pessoas com pouco capital; mesmo considerando-se que, em média, quanto maior é o capital, maior é o retorno, ainda há outras opções alternativas a serem consideradas, como a formação de uma carteira de investimentos composta por ações e renda fixa, ao invés de usar todo seu patrimônio em apenas um investimento.

Adaptado de http://dinheiroemacao.blogspot.com/2007/09/investimentos-2-renda-fixa.html