quinta-feira, 13 de maio de 2010

Obtendo um emprego celetista

O título pode sugerir facilidade, mas não é o caso. A concorrência é cada vez maior por toda e qualquer vaga, portanto torna-se cada vez mais necessário atentar a alguns pontos.

Networking: a chave para conseguir um emprego hoje é QI ("quem indica"). Não importa o quão bem qualificado você seja, a única forma de entrar no mercado por uma concorrência "leal" (igualdade de condições) é o concurso público. Portanto, é útil travar conhecimento com pessoas de todos os níveis, principalmente possíveis contratantes.

Formação técnica: é desnecessário dizer que cada vez mais deve-se buscar qualificação profissional. Os cursos técnicos e até mesmo universitários estão cada vez mais específicos, o que gera polêmica. Alguns conselhos profissionais, em conluio com universidades, "inventam" cursos ultraespecíficos para que uma classe de profissionais se degladiem por algumas poucas vagas, ameaçando profissionais de espectro mais amplo de atuação (os quais têm visão mais geral, tendo portanto maiores chances de tornarem-se líderes).

Processos de seleção: a iniciativa privada aproveita-se do mantra "não quer? tá cheio de gente que quer..." para fazer as seleções mais malucas de emprego: entrevistas e testes psicológicos estapafúrdios (uma única dica: seja sempre sincero), dinâmicas de grupo, testes escritos, etc. Logicamente, com deslocamentos e despesas às expensas do candidato.
Aqui a melhor dica é a experiência: envolver-se no máximo possível de seleções, conversar com pessoas que passaram por elas para saber o que fazer (e o que não fazer). Boa aparência pessoal ajuda, mas é o mínimo que se pode esperar. Gírias, expressões de desagrado ou posições extremadas sempre são escolhas ruins.

Por último, cabe lembrar da falta de estabilidade: o vínculo precário pode sujeitar o trabalhador a inúmeros problemas, como tentativas de exploração e a falta de lealdade de empresas, muitas vezes grandes e sólidas, que demitem para cortar gastos em virtude de resultados negativos ou para favorecer protegidos da direção. Por outro lado, há muitas chances de progredir na carreira, oportunidades nem sempre presentes no serviço público. Também não há teto para ganhos, como o existe na esfera pública.

Com o mesmo vínculo precário porém com nuances diferentes ficam os serviços temporários (nesse grupo incluídas as temporadas de trabalho no exterior - brasileiros que saem do País para trabalhar em outros países para juntar dinheiro com vistos temporários). Esse será o assunto do próximo post sobre ganhos principais.

Nenhum comentário: